segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fumo e vida


http://www.loriga.de/DiaFinados06.JPG


Ali e além, nuvens de fumo,

movimentos ondulantes,

sinais em direcção ao céu...

Entro no cemitério...

Repouso dos que já partiram,

luzes ardendo no frio mármore,

quem sabe corpos saindo,

corpos balançando,

no fumo que vai subindo...

6 comentários:

  1. Lá seguem eles, subindo, fluindo, fluindo
    voantes ao céus.
    Descansando a travessia, no alívio de volta a casa celestial...

    Mto beom.

    Feliz semana pra ti Alex

    Bjs

    livinha

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  2. Caro amigo.

    Neste dia não consigo
    entrar em cemitérios,
    mas sinto o perfume dos
    seres amados que se foram
    mas permanecem em mim.

    Dias de paz para ti.

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  3. É o ciclo da vida - a hora da morte.
    Triste porque gera sentimentos de intenso vazio em quem fica.
    nao é muito bom pensar , apenas esperar .
    abraços / bom falar com voce também por lá.

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  4. Oi, meu querido amigo, Alex! Belo poema reflexivo. Gosto muito do que você escreve.
    Um beijinho enorme!


    Cansa sentir quando se pensa.
    No ar da noite a madrugar
    Há uma solidão imensa
    Que tem por corpo o frio do ar.

    Neste momento insone e triste
    Em que não sei quem hei de ser,
    Pesa-me o informe real que existe
    Na noite antes de amanhecer.

    Tudo isto me parece tudo.
    E é uma noite a ter um fim
    Um negro astral silêncio surdo
    E não poder viver assim.

    (Tudo isto me parece tudo.
    Mas noite, frio, negror sem fim,
    Mundo mudo, silêncio mudo -
    Ah, nada é isto, nada é assim!)

    Fernando Pessoa

    Tenha um Lindo Dia
    Renata

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  5. Ótimo poema, Alex. Gosto disso: os versos brotando a partir de uma imagem inicial e traçando o ritmo naturalmente determinado pela própria imagem, de modo que a ação concreta, a entrada no real - "Entro no cemitério..." - parece, ao contrário, abrir as portas do surreal.

    Um abraço

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