terça-feira, 14 de janeiro de 2014

eu e o silêncio...



agora, vives comigo, silêncio
de todas as horas,
como se convidado fosses
e tivesses o melhor lugar na mesa...

tomas como tuas minhas vestes,
meus amores,
as histórias que antes falavam,
até o pulsar de meu coração...

mas sabes silêncio,
são de luto meus dias,
minhas noites de desassossego,
e a ti me apego
até que renasça a primavera,
ou a luz feita prisioneira.

trata-me bem, silêncio...
num abraço adúltero,
finge que namoras meu pensamento
e o tomas num orgasmo intenso,
até o findar da vida,
até o limite do nosso tempo...





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