quinta-feira, 21 de agosto de 2014

moldura...




imagino um rosto de mulher,
uma moldura algures na parede
(como a avó fazia questão de ter),
e no rosto, os lábios rubros de sede

são lábios vivos, emanam tentação,
e quem passa, quem vê o retrato,
sente-se levado pelo desvario, em perdição,
pensamento obsessivo, pouco sensato

ah se a moldura, sendo estática, falasse,
se dissesse palavras ao ouvido,
ou se, foto a foto em transe passasse,
talvez me levasse, num abraço proibido...


2 comentários:

  1. Meu querido Alex

    Como sempre maravilhoso o teu sentir num belo poema que adorei ler.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  2. Nossa memória guarda as molduras que vão se apresentando nas nossas vidas_ e os retratos é a mais afetiva de todas.
    Bonito poema Alex

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